sábado, 22 de dezembro de 2012

open

Acordei de manhã e olhei a janela. Nem parecia. No dia anterior com tão bom tempo e agora está frio, nublado e com nevoeiro. Os vidros estão embaciados por dentro e por fora, tanto que se passasse a mão, não se viria nada. Parecia o meu coração, aquilo a que tantas vezes chamo de ' placa defensiva '. Está gélido, transparente, impossível de ver por fora e de perceber por dentro.
Pego na chávena de café e no cigarro e vou para a rua onde me sento na espreguiçadeira na qual vou esboçando sorrisos e fazendo voar os meus pensamentos mais conotáveis. À medida que o café acaba e o cigarro vai apagando vou-me deixando ir pelo ar.
Começo agora a pensar naquilo que não devia, começo a mexer nas feridas que foram saradas.
É verdade, ele estava ali outra vez. Estúpido e descarado sentimento que se apodera dos mais fracos para poder sugar toda a força de vontade e todas as boas energias.
Oh amor, por favor, vai , vai embora e não voltes.

Sem comentários:

Enviar um comentário