sábado, 19 de janeiro de 2013

o melhor de sempre.


« Não, não estive a tremer com o frio, era só porque estavas ali. Inacreditável não é? Pois, eu também acho.
Naquele momento algo tomou conta de mim e foi algo que não consegui bloquear, coisa que tu consegues fazer na perfeição. Ainda estou para perceber como fazes isso parecer tão fácil, tens uma subtileza encantadora de tomar conta dos teus sentimentos e desejos.
Eu gostava de ser com tu, voar sem ter asas, sorrir sem motivo, virar a página e não rasga-la… seguir o caminho mais fácil só porque às vezes é mesmo o mais fácil mas nem sempre é o mais correcto. Sim, gostava de ser como tu, ter o sorriso mais apetecível do que um menu do Mac Donald’s, ter a conversa que o teu corpo tem comigo que me fixa os olhos mais do que super cola 3 a colar os dedos.
Continuo a querer ser como tu, ter um coração que vale mais do que mil barras de ouro, ser um príncipe que não precisa de usar coroa para se saber que é príncipe, ser dono de alguém como tu és do meu coração. Sim, gostava de ser como tu, aparentemente a perfeição que se diz não existir. 
Não, não estava a tremer com o frio, mas também não te disse por que era, embora tenha passado por essa mente vagas ideias.
Outrora dizia que não tinha medo da morte e quem não tem medo da morte não tem medo de nada… talvez não desse o devido valor à vida. Mas isso mudou drasticamente para mim em apenas fracções de segundo quando vi a minha vida passar-me à frente com grande distinção. É incrível como algo que quase nos tira a vida consegue ser construtivo ao mesmo tempo e nos faz mudar de opinião.
Aquele momento, aquela hora, aquele lugar… para mim, foi uma ida à entrada do inferno na qual rejeitaram a minha candidatura e me mandaram de volta para mim próprio. Acho que por dez segundos me senti morto e isso foi suficiente para saber o que havia de pensar daqui para a frente. Nesses dez segundos foi só em ti que pensei, no teu sorriso, no teu corpo, no teu cheiro, nos teus beijos… tudo porque não sabia se ia voltar a ter isso de novo, e não voltarei a ter, diga-se de passagem.
Resumindo, a vida para mim passou a ter outro significado, passou a fazer sentido e passou a ser a coisa mais preciosa que tenho de proteger. 
Sabes o que aprendi com tudo isto? Aprendi a não perder tempo e a aproveitar cada segundo que passa, por isso te escrevo este enorme desabafo. Sabes o que é que tudo isto me fez ver? Fez-me ver que devo lutar ou desistir porque desperdiçar o nosso tempo em vão é a coisa mais errada que uma pessoa pode fazer. 
Agora estou sentado no comboio, sou a única pessoa nesta carruagem e desejava que este “mostro” – como gostas de lhe chamar – me levasse para um sitio onde houvesse outra de ti, de braços abertos para me receber e cumprir todas as promessas que ambos tínhamos feito um ao outro. Pensamentos… não passam de meros pensamentos.
Mas espera… ainda estou a tremer, e esta caneta gasta que o diga, às vezes  que já caiu ao chão por perder a força são incontáveis mas ta como eu, quando ela cai levanta-se porque não tem outro remédio. E não, não tremo por causa do frio… não, não é por causa do acidente que quase me levou… sim rapariga, é por causa de ti. Por que te custa tanto a acreditar? Se me deixas nervoso, com a boca seca, com os movimentos presos, com as palavras presas na garganta, com a pele gelada, com o coração a mi à hora… Juro que isto sou eu a dizer que te amo, e o meu corpo ajuda-me a provar.
Custa-me a expressar pois é a primeira vez que alguém me consegue invadir assim só de estar presente. Este é um sentimento novo que o meu ser terá de se habituar a ter porque tu… tu controlas tudo em mim.
Agora diz-me, se isto não é amor, o que será? Se não for, eu também sei o que será.
Por favor diz-me…
Não desperdices aquilo que te vai fazer feliz, corre atrás!
Não penses, simplesmente corre!
Se depois disto nada em ti mudar, então esquece… não estás preparada para amar mas uma coisa é certa: podes continuar a beijar muitos sapos mas o teu príncipe é aquele que vês todas as manhãs no “autocarro do amor”. »

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